quinta-feira, 30 de abril de 2009

Memória do Futebol Pernambucano - 1937, estréia do Central.



O Central disputou pela primeira vez o Campeonato Pernambucano em 1937, mas não participou no ano seguinte. O comendador José Victor de Albuquerque, uma espécie de mecenas do clube caruaruense, achou que a Patativa era muito prejudicada pelas arbitragens, e tirou o time. Literalmente.

Os resultados dos centralinos, ou centralistas, foram : 1º turno: Central 1 x 2 Flamengo, Santa Cruz 4 x 3 Central, Central 2 x 5 Tramways, Great Western 4 x 7 Central, América 1 x 2 Central, Central 3 x 3 Íris, Náutico 2 x 1 Central, Sport 4 x 2 Central. 2º turno: Central 5 x 2 América, Íris 0 x 6 Central, Great Western 1 x 5 Central, Central 3 x 2 Flamengo, Central 1 x 3 Náutico, Sport WO Central, Central 3 x 4 Santa Cruz. Em 15 jogos foram 6 vitórias, 1 empate e 7 derrotas, e um jogo perdido por WO.

Destes times já não existem o Flamengo e o Tramways. O Great Western transformou-se em Clube Ferroviário do Recife.



Na foto acima, a equipe do Central no Campeonato Pernambucano de 1937. Da esquerda para a direita: Pedro, Alemão, Joaquim, Mário Matos, Zé de Nane, Heleno, Trajano, Edmilson, Tutu, Zuza, Otoniel e Zago. Técnico, Jaime Guimarães.

Fonte: Sítio No pé da conversa (Lenivaldo Aragão)

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Memória do Futebol Pernambucano - Torre



Torre Sport Club foi um clube brasileiro de futebol fundado no bairro da Torre, da cidade de Recife, no estado de Pernambuco. Era o time do governador Estácio Coimbra.

Um jogo com o Flamengo/RJ em 1925

No ano de 1925, o Torre que havia sido vice-campeão estadual no ano anterior organizou um certame chamado Troféu Torre Sport Club que seria disputado em uma única partida contra o Flamengo. Vencendo a disputa por três tentos á um com dois gols de Junqueira, o scratch do Flamengo/RJ levantou aquela taça.


Um pouco do campeonato de 1926

O ambiente esportivo voltou a ficar agitado no início de 1926. Os presidentes do Sport, América e Peres, respectivamente, Roberto Rabello, José Fernandes Filho e João Duarte Dias, comunicam ao público desportivo brasileiro, em manifesto publicado pelos jornais, terem se desfiliado da Liga Pernambucana de Desportos Terrestres e fundado a Associação Pernambucana de Esportes Atléticos.
No documento, os dissidentes denunciavam a existência de um plano, entre Santa Cruz, Náutico, Flamengo e Torre, com a participação do presidente da Liga, Cícero Brasileiro de Melo (recentemente eleito), para colocá-los à margem da política interna da entidade, o que ficara provado nas eleições, pois, enquanto quatro clubes denunciados tiveram, cada um, dois diretores na composição da nova diretória, nos tivemos apenas um representante cada, e o Peres nem isso mesmo tivera.
Pelo Jornal do Commercio, edição de 1º janeiro, a LPDT publicou nota oficial, dando sua versão sobre a cisão havida.Explicava a nota que tudo fora feito para evitar a crise, conseqüência funesta, enfatizava, da paixão extremada do clubismo e o desejo infortunado da prepotência de certos elementos no seio de uma coletividade determinante. Acrescentava ainda que Sport e América, depois de haverem lançado mão de todos os processos para obterem maioria no novo corpo dirigente, processos ínvios e, às vezes, nefastos, declararam, solenemente, no dia da eleição, conforme constava da ata,que seus clubes não aceitariam nenhum cargo eletivo de modo peremptório. Quanto ao Peres, ironizava a LPDT, é um clube em situação irregularíssima, sem sede, sem time, tecnicamente incapaz, que não sofreu admoestação da Liga em sua agonia lenta de dois anos cujo sopro de vida no Conselho apenas existia,mercê do oxigênio que lhe soprava o Sport para dar-se ao luxo de ter um representante em duplicata.
Apesar da interferência de várias figuras de projeção, inclusive do Governo, na tentativa de uma solução para a crise, nenhuma das partes se afastou da decisão tomada. Maior a nau, maior a tormenta, comentava-se. Paralelamente aos jogos do campeonato da Liga, a Associação Pemambucana de Esportes Atléticos também programou seus jogos com times suburbanos, dividindo o público. Quando acabou a briga, que durou seis meses, o certame já estava no turno final, mas mesmo assim Sport e América dele participaram, embora soubessem não haver mais chances para a conquista do título. Fiel à causa, o Peres não voltou, e seu presidente, João Duarte Dias, declarou pelos jomais que tinha sido traído.


Campeão Pernambucano de 1926. O time era formado com Valença, Filuca e Pedro Barreto; Aquino, Hermes e Dantas;Osvaldo, Piaba, Péricles,
Antonio e Chiquinho.


O Torre beneficiado é o campeão

Quem terminou sendo beneficiado com as ausências dos rubro-negros e alviverdes, favoritos ao título, foi o Torre. O chamado madeira rubra terminou conquistando o campeonato de 1926, o primeiro da sua existência, a 2 de janeiro de 1927, nos Aflitos, derrotando o América por 2 a O, gols de Péricles e Piaba. O árbitro foi o dirigente tricolor, Carlos Rios, arranjado de última hora, uma vez que o escalado, Renato Silveira, também dirigente (Sport), não compareceu.
Time campeão - Valença, Aquino e Pedro Barreto; Arnaldo, Hermes e Dantas; Osvaldo, Piaba, Péricles, Policarpo e Galvão.
O madeira rubra, fundado a 13 de maio de 1909, interrompia um predomínio de 10 anos de Sport e América, únicos campeões pernambucanos, desde 1916. Embora se dissesse que o Torre não teve méritos na conquista do título, verdade é que o clube de José da Silva Loyo armara um bom time. Seu primeiro grande passo foi tirar do Sport Club do Recife um dos melhores atacantes da Região, o artilheiro Péricles.


VALENÇA, HERMES, MIRO, LELECO, FAUTINO, COSTA, AGNELO, PIABA, MATURANO, LETONA, e ALDO
Torre campeão pernambucano de 1929


O campeonato invicto

Se no ano de 1926 houve questionamentos acerca do campenato conquistado pelo Torre, em 1929, o madeira rubra não deixou dúvidas, conquistou o título de forma invicta, tendo derrotado Santa Cruz, Náutico, América e empatado por duas vezes com o Sport. O campeonato fora disputado por oito equipes em sistema de pontos corridos com jogos de ida e volta.

A revolução de 1930

A revolução que depôs o presidente Washington Luiz colocou Getulio Vargas no poder e deixou o Recife em polvorosa. O governador Estácio Coimbra teve que fugir para não ser preso e Carlos de Lima Cavalcanti, seu opositor, ligado aos revolucionários, assumiu o Governo de Pernambuco.
Paralisado o campeonato e não havendo condições de sua continuidade, que ia sendo liderado pelo Torre, Renato Silveira, presidente da LPDT, resolveu convocar uma assembléia geral para dar por encerrado o certame. A reunião aconteceu na noite de 12de dezembro, sendo assinado pelos representantes dos times disputantes, exceto Torre e Encruzilhada, o seguinte documento:

“Os abaixo firmados, representantes dos clubes filiados, Sport, América, Náutico, Íris, e Santa Cruz, reunidos aos 12 dias do mês de outubro de 1930, sob a presidência do Sr. Renato Silveira, presidente da LPDT, atendendo às circunstâncias especiais criadas pelos acontecimentos imprevistos que sacudiram o País, anormalizando a vida esportiva do Estado e tornando materialmente impraticável o prosseguimento do campeonato de 1930, resolveram acordar que seja o mesmo campeonato encerrado, considerando-se vencedores do campeonato deste ano os quadros dos clubes colocados em primeiro lugar na contagem dos pontos dos jogos já aprovados, sugerindo-se à diretoria da Liga instituir prêmios especiais para os citados vencedores. O Torre estava assim proclamado campeão de 1930.”

Os clássicos do Bairro da Torre

Clássico Bairrense é o nome do clássico entre Torre Sport Club e Tramways Sport Club, dois clubes de futebol extintos de do bairo da Torre, no Recife, Pernambuco.
Clássico da Paixão é o nome dado ao jogo das antigas equipes Torre Sport Club versus Íris Sport Club ambos do bairro da Torre da cidade do Recife. O jogo recebeu este nome porque o 1° jogo disputado foi numa Sexta Feira da Paixão no Campo do Alagado da Torre.
Clássico Guerreiro é o nome do clássico entre Torre Sport Club e Israelita Sport Club, clube, também, já extinto.
Clássico dos Maestros é o nome do clássico entre Torre Sport Club e Santa Maria Athletico Club, clube, também, já extinto.

Títulos

Estaduais
Campeonato Pernambucano: 3 vezes (1926, 1929* e 1930).
Vice-Campeonato Pernambucano: 4 vezes (1924, 1925, 1927 e 1928).
Torneio Início: 2 vezes (1922 e 1929).
*Campeão invicto.

Outras conquistas
Liga Desportiva da Torre: 1911.
Liga Suburbana: 4 vezes (1915, 1919, 1920 e 1921).
Copa Torre: 8 vezes (1921, 1926, 1928, 1929, 1930, 1932, 1940 e 1942).

Fontes: Sítios Wikipedia e Flápedia, Blog Futebol de Pernambuco em Fotos e Livro História do Futebol em Pernambuco - Givanildo Alves - Edições Bagaço.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Memória do Futebol Pernambucano - Íris, o vice em 1932



O Íris foi fundado no dia 23 de fevereiro de 1920, por funcionarios da fábrica de tijolos do bairro da Torre, em Recife. Inicialmente, o clube iria se chamar Olaria Sport Club por causa da olaria (torre que são feitos os tijolos) que se encontra no centro do bairro e deu o nome ao lugar. Porém, em uma reunião entre funcionários, decidiram mudar o nome para Íris em relação da cor do time o azul e branco.

Mascote : Periquito azul

Conquistas

Estadual
Vice-Campeonato Pernambucano: 1932.

Outras conquistas
Liga Suburbana: 1928.
Copa Torre: 3 vezes (1925, 1931 e 1933).


Time do Íris em 1934, não dispomos da escalação

O vice campeonato do Íris e um pouco do futebol pernambucano em 1932

Em 1932, o Campeonato Pernambucano foi dividido em duas chaves, azul e branca. A branca era formada pela Associação Atlética do Arruda*, Encruzilhada*, Íris*, Náutico, Sport e Torre*; na azul estavam América, Great Western (hoje Ferroviário), Flamengo*, Fluminense*, Israelita* e Santa Cruz. Cada time enfrentava as equipes da sua chave.
Ao longo do certame, um resultado inesperado: Flamengo 10 x 3 América – o alviverde ainda era considerado um time grande. O Sport, que realizou uma má campanha, também surpreendeu ao aplicar duas goleadas no Náutico: 5 x 1 e 5 x 2. Esse mesmo Sport foi derrotado pelo Torre por 6 x 4. Por sua vez, o Madeira Rubra, como o Torre era conhecido, levou uma goleada do Náutico, de 7 x 1.
O Náutico perdeu para o Íris por 5 x 1, mas vingou-se, derrotando-o por 6 x 1. Houve ainda um 8 x 0 do Santa no Israelita, que também foi goleado pelo América por 9 x 1. E no Fla-Flu pernambucano, o Flamengo, do tenente Colares, uma figura marcante e folclórica, goleou o Fluminense por 7 x 0. Era a época do jogo franco e aberto, sem o apego defensivo que se vê atualmente.

Pereirão apela

Houve um episódio curioso e ao mesmo tempo deprimente, na partida Santa Cruz 4 x 1 América, em 19 de junho. O tricolor vencia por 2 x 1, e o jogo estava equilibrado. O juiz Ambrósio do Rego Barros marcou um pênalti contra o América, cometido pelo zagueiro Palmeira – mais tarde árbitro e treinador – em Marcionilo. Pereirão, goleiro alviverde, inconformado, protestou e fez sua equipe sair de campo. A diretoria americana contornou o problema, com o retorno do time.
A decisão do árbitro foi mantida e, na cobrança, Pereirão deitou-se ao longo da barra, em flagrante desrespeito ao público e à arbitragem, num gesto que seria inconcebível hoje, no nível que o futebol profissional atingiu. Naquela época, porém, o semi-amadorismo ainda predominava. Apesar da atitude antiética do goleiro, Marcionilo converteu o pênalti, fazendo Santa Cruz 3 x 1 América. Minutos depois, Tará chuta de longe e Pereirão, que estava mesmo para avacalhar, dá as costas para o atacante. O jogo não chegou ao fim, o que era comum naquela época, principalmente por causa da iluminação elétrica nos estádios. Bastava escurecer para tornar-se impraticável a continuação do jogo. Valeu o placar de 4 x 1 para o Santa.

Da bola para a bala

Com o surgimento da Revolução Constituinte, em São Paulo, alguns jogadores militares de Pernambuco deslocaram-se ao Sudeste para defender o País contra os paulistas, que, segundo seus opositores, queriam se separar do território nacional, tornando-se independentes. Assim, o campeonato foi interrompido.
Então, de vários Estados partiram forças militares. Entre os militares pernambucanos que se deslocaram para o território conflagrado estavam os jogadores Tará, Dóia e Neves, que serviam à Brigada Militar, e defendiam o Santa Cruz. Como voluntários apresentaram-se, entre outros, Clóvis Wanderley, Durval Carneiro Leão e Manoel Luiz de Bulhões Marques. Este, ponta-direita do Sport, teve um fim trágico, morrendo em meio a uma rajada de metralhadora, em 28 de agosto. Clóvis Wanderley também pereceu, tendo surgido a notícia de que o mesmo acontecera com Durval, o que mais tarde seria provado não ser verdade. Na época, os mortos receberam as devidas homenagens póstumas do seu clube, e hoje, pelo menos Bulhões Marques é nome de rua no central bairro da Boa Vista. Ainda estiveram na trincheira, os jogadores Temístocles, do Ateniense, e Agnello, do Great Western, também militares.

Náutico e Sport longe do Santa

Finalmente, a bola voltou a rolar, e na chave do Náutico e do Sport, quem se classificou para disputar o título de campeão do ano foi o Íris. Do outro lado, deu Santa Cruz, que chegou à melhor de três sem ter tido necessidade de enfrentar alvirrubros e rubro-negros, seus tradicionais adversários.
Em ambos os jogos, em 15 e 22 de novembro, o Santa Cruz venceu pelo mesmo placar, 4 x 1. Como já tinha levantado o certame anterior – seu primeiro título – tornou-se bicampeão. Os dois jogos foram disputados no campo da Avenida Malaquias, mais ou menos onde está hoje a AABB. As duas partidas foram dirigidas por José Fernandes Filho, conhecido por Zezé, que nada tinha a ver com o jogador Zezé Fernandes, do Tricolor.
No primeiro jogo, os gols foram de Estevam (2), Marcionilo e Carlos Benning – Santa Cruz, e Guerra – Íris. No segundo marcaram Lauro (2), Walfrido e Tará – Santa, e novamente Guerra para o Íris..
O campeão Santa Cruz alinhou: Diógenes; Sherlock e João Martins; Zezé Fernandes, Sebastião e Marcionilo; Walfrido, Estevam, Tará, Lauro e Carlos Benning (Julinho Fernandes).
O Íris foi vice-campeão, com Silvino;Moacyr e Walfrido; Popó, Zé Lima e Ramalho; Benedicto, Guerra, Zeferino, Chinez e Emygdio.

* Clubes que não existem mais

Fontes: Blogs No Pé da Conversa (Lenivaldo Aragão) e Futebol de PE em Fotos: e, Sítio Wikipedia.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Memória do Futebol Pernambucano - 1955: O primeiro Sport x Palmeiras



Por ROBERTO VIEIRA

18 de maio de 1955. Final de tarde no Aeroporto dos Guararapes. A Sociedade Esportiva Palmeiras visita Recife pela primeira vez. Graças aos esforços e patrocínio de Adamir Menezes, primo de Ademir, o Queixada. Adamir que era o supervisor para o Nordeste da Saturnia S/A Acumuladores Elétricos de São Paulo. O Palmeiras é o convidado especial do Torneio Prefeito Djair Brindeiro. Torneio comemorativo do cinquentenário do Sport Club Recife.
Completam o certame, o Náutico e o América-PE.

Tempos de paz*.

Na chegada em solo pernambucano, o dirigente rubro-negro Divaldo Sanguinetti, em discurso, homenageia os visitantes. Chefiando a delegação, o Presidente Bruno Sacomanni agradece a homenagem. Pela Rádio Panamericana, o locutor Salem Junior transmitirá em ondas curtas o evento. Os paulistas chegam desfalcados de elementos importantes. Ficaram em São Paulo, Liminha, Manoelito e Renato.
Também ficou em casa o zagueiro de um milhão de cruzeiros: Valdir, comprado à Ponte Preta.
Em compensação, o Palmeiras trazia Valdemar Fiúme, Jair Rosa Pinto e Humberto Tozzi.
Pra que mais?
A tabela reservou Sport x Palmeiras para a rodada final.
Antes do jogo, o Palmeiras venceu o Náutico por 3 x 1 e o América por 1 x 0.
O Sport goleou o Náutico por 5 x 2, mas empatou em 1 x 1 com o clube da Estrada do Arraial.
Basta o empate para assegurar o título ao tríplice coroado do futebol bandeirante.

25 de maio de 1955. Chuva forte na Ilha do Retiro.

O Sport de Gentil Cardoso alinha Carijó; Moreira, Pedro Matos, Miguel e Pinheirense; Wilson e Gringo; Celly, Carlinhos, Soca e Eliezer.
O Palmeiras do técnico Ventura Cambom forma com Laércio; Nilo e Mário; Nicolau, Valdemar e Gérsio; Elzo, Humberto, Ney, Jair e Rodrigues.
O primeiro tempo é jogado com cautela. As defesas prevalecem. Poucos lances de perigo. Até que aos 37 minutos, a torcida emudece. Falta na entrada da área.
Adivinha quem vai bater? Jair Rosa Pinto desfere um petardo tão ao seu estilo. Carijó voa por desencargo de consciência. Palmeiras 1 x 0. Porém, a festa palestrina durou pouco. Dois minutos depois, Eliézer recebe livre e toca no canto de Laércio: 1 x 1.
Festa na Ilha. Mas um jogo de futebol tem 90 minutos. Aos 15' da etapa derradeira, Ney toca para Ivan que descobre Rodrigues livre. No segundo seguinte a pelota chega ao artilheiro Humberto Tozzi. Bola com Tozzi já tem endereço certo: Palmeiras 2 x 1.
Celly é substituído por Traçaia. Na primeira jogada, Traçaia dribla dois palmeirenses e é tocado por Valdemar perto da risca de grande área. Foi pênalti, não foi pênalti?
O árbitro Pedro Calil achou que não foi.
Palmeiras campeão do Quadrangular.
Ao contrário dos dias de hoje, Sport e Palmeiras se abraçaram no final do confronto.
A Sociedade Esportiva Palmeiras levou o troféu. E voltou correndo para São Paulo. Tinha jogo contra a Lusa pelo Rio-São Paulo. O Sport? O Sport aguardava a chegada do próximo convidado da festa: O Corinthians de Gilmar.
Mas aí já é outra história...

*Em tempo: O almoço desta terça-feira, no Campo das Princesas, entre o Presidente Sílvio Guimarães do Sport e Luiz Gonzaga Belluzo do Palmeiras, é um sinal de civilidade. Digno dos anos 50...

Fonte: Sítio No Pé da Conversa - Lenivaldo Aragão e Blog Futebol de Pernmabuco em Fotos